Por: Edvan da Silva Oliveira
Como
foi dito em outra postagem, nenhuma instituição está livre dos exageros
e falhas humanas, porém, apreciar-se somente os defeitos para minimizar os
acertos, é no mínimo reflexo de outra fraqueza!
“Dá pra viver
Mesmo depois de descobrir que o mundo ficou normal
É só não permitir que a maldade do mundo te pareça normal
Pra não perder a magia de acreditar na felicidade real”
Mesmo depois de descobrir que o mundo ficou normal
É só não permitir que a maldade do mundo te pareça normal
Pra não perder a magia de acreditar na felicidade real”
A
cada momento torna-se mais temível o que alguns defensores dos bons princípios
produzem, revelam os sentimentos mais profundos e às vezes cobiçoso. As
postagens vão de encontro aos comentários de Leandro Karnal e
Filipe Pondé que definem o ódio como inerente ao ser humano.
Um
número crescente de pessoas compartilham, sim! Compartilham as informações dos
midiáticos aproveitadores sem se permitirem aos cuidados de
analisar o excesso dos fatos. Normalmente não concordam em totalidade,
porém, é mais cômodo e menos comprometedor compartilhar a opinião do
outro que expressar a própria, pois, o ódio que gera as diversas formas de
violência não pertence a mim, mas, ao outro!
Sobre
o caso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro, executados no
Rio, triste e lamentável, mais uma vítima da violência consequente do “ódio que
não pertence a mim”. O caso viralizou, incomodou e sensibilizou muita
gente. A comparação com outras fatalidades que não ganharam tamanha repercussão
e a tentativa de minimizar o sentimento de indignação da população
chama a atenção. O que se ouve é: “A negra, favelada, do partido de esquerda,
defensora de bandidos, da ideologia de gênero e até das famílias de
policiais assassinados, não é melhor que o médico, que o morador de rua, que o
pai de família ou mesmo que milhares de crianças que morrem diariamente”. De
fato, ela (Marielle), ele (Anderson) ou qualquer outro, não é melhor
que ninguém! Então, porque esse caso ganhou a mídia nacional e o
sentimento de comoção de alguns?
Diante
da busca por melhores condições e a multiplicidade de coisas para fazer,
um número menor de pessoas despojam da sua comodidade pelo outro, pela defesa
de interesses coletivos! Portanto, não é estranho a emoção/revolta, alguns
podem até não compreender ou jamais saberão o significado, mas,
sentimentos geram sentimentos.
Existem
casos contemporâneos que igualmente se tornaram razão de muita emoção e
comentários preconceituosos. Na região norte,
Irmã Dorothy Stang, missionária que defendia a minimização dos
conflitos fundiários, Padre Josimo, defensor dos trabalhadores
rurais, Chico Mendes, seringueiro, sindicalista, ativista político e
ambientalista brasileiro que defendia a preservação da floresta
amazônica e tantos outros. Em comum, a luta pela defesa da vida e o fim
do apartheid social. É preciso falar que não se pretende comparar as
vítimas e seu comportamento em vida, apenas evidenciar que a bondade,
a defesa das pessoas, e em especial as mais pobres, gera reciprocidade à
atenção dedicada.
Sobre
defeitos e pecados! Nenhum ser humano encontra-se livre deles, nem mesmo a
morte os apagará, mas o julgamento não pertence a nós.