quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A dança

Uma viagem de emoções.

Nela me busco me encaixo, me encontro... Seus traços de silêncios, de cores, me libertam no vasto silêncio de meu interior. Nela me sinto como se planando nas asas de uma gaivota a voar pela imensidão dos céus.
A dança é a explosão de um turbilhão de sensações, nela me vejo como as caravelas de um navio pirata a balançar, que navega em longínquos oceanos encalhados na profundeza da alma. Um encontro de uma bailarina com um poeta a declamar seu poema, um louco se deixando arrastar pelo toque desenfreado de correntes, eu vejo o amor fluir através de olhares perdidos que se encontram quando menos esperam.  Expressando-se das mais diversas formas, ela nos move com seu antigo/inovador conhecimento.
Não a descobri por completo ainda, me falta muito, eu sei... Mas, a você dança eu posso dizer: “ É um prazer está conhecendo-a melhor.”
Tenho vivenciado momentos felizes, loucos e inexplicáveis. A CIATDAL me deu um espaço que a tempos buscava, porém nunca havia tido êxito em tais buscas. Espaço este, que faz com que eu me sinta livre para me expressar, não apenas por meio da dança, mas também do teatro. Este ultimo acredito eu, que tenha sido uma  surpresa e tanto pra mim, pois nunca me imaginei  poder utilizá-lo como elemento da dança. Foi onde me enganei, pois, ambas se completam, entrelaçam-se e unem-se de tal forma que fazem com que um seja dependente do outro.  São os ”pisantes e sapatilhas em ação”. Agindo pelos tímidos prados de nossas veias.
A dança é uma tela a se pintar, a milha não se finaliza aqui... Minha historia concluirá esta pintura.


Ana Paulla  Mendes

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Nau de Ícaros


Expectativas, aprendizagem e superação

Não são todos os dias que se tem a capacidade de presenciar um espetáculo de grande porte, tão perto. Mais que isso, ter uma afinidade com os atores.
Independentemente de sua posição social e/ou status adquiridos ao longo dos 19 anos de desempenho artístico, os atores da Nau de Ícaros, propuseram a seus expectadores uma alternativa de transformação continuada. Transformados para transformar, assim deve ser a colocação do professo frente aos desafios educacionais.
E para a CIATDAL? Posso afirmar que, nos tornamos grandes quando nos alicerçamos nos ombros de gigantes. E é assim, que nos sentimos durante esse período de magnitude cênica.
Atentos. Curiosos. Expectadores. Não profissionais da arte, mas aprendizes e amadores dela. A sensação de “tirar os pés do chão”, no clima de concentração gerou um questionamento: O que me tira pessoalmente do chão? Que logo foi sancionado ao me dispor – mesmo sobre a pressão de Beatriz e Erica – a experimentar subir na corda ao comando de Celso conhecido como “Volverine”, ao exercer a atividade é que entendi mais afundo. As mudanças acontecem quando deixamos de ser expectadores e passamos a fazer o espetáculo seja numa companhia seja na escola publica ou privada. Não se pode torcer para que a educação em suas mais variadas atribuições mude, e ficar alheios aos seus desafios.
O primeiro passo – considerado o mais difícil – foi dado, agora devemos nos dispor a caminhar não sozinhos mais de mãos dadas com o conhecido adquirido na busca incessante de melhores condições educacionais. O trabalho da Nau de ícaros superou minhas expectativas, já esperava muito e proporcionaram mais ainda. Parabenizo a todos da Nau de Ícaros pelo trabalho. Deixo ainda uma ressalva especial à mentora do espetáculo “Tirando os pés do chão”, pois através deste, mudei para melhor minha visão cênica. O meu afetuoso abraço e mais sucesso!

Leidyanne Barbosa de Oliveira.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

PROJETO TEATRAL SAÚDE DO JOVEM E DAS CRIANÇAS

A conclusão do Projeto Teatral SAÚDE DO JOVEM E DAS CRIANÇAS, elaborado pela CIATDAL para a comemoração das festividades do dia das crianças, iniciou-se no Circuito da Diversão realizado na Praça Gonçalves Dias (conhecida popularmente por Praça do coco), e continuo na cidade de Campestre – MA ambas as apresentações no dia 12 de outubro. O projeto encerrou-se com uma apresentação na Zona rural do Município de Porto Franco, região da Caiçara. A apresentação contou com um público misto. Crianças, jovens e adultos participaram atentamente do evento organizado pelo Vereador Silvamar e sua esposa a Assistente Social Louriene.
A Companhia de Teatro e Dança Arte Livre levou a comunidade uma mensagem envolvendo, teatro, dança, show de palhaços e pinturas em rosto. A participação e a interação dos moradores diante da novidade motivaram a CIATDAL a continuar a desenvolver projetos voltados a pessoas desprovidas de oportunidades tais como esta.  A iniciativa dos organizadores é louvável, de grande importância para a região e para o desenvolvimento cultural de ambas as partes: comunidade e agentes culturais. 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O que tira os meus pés do chão?


O teatro pode encantar e fascinar amantes e não amantes, é uma alternativa para um mundo cada vez mais tumultuado, há pessoas que desconhecem ou apenas ouviram falar. Em lugares distantes dos grandes centros pouco se fala do assunto, mas a oportunidade de ver um espetáculo teatral fascina principalmente a quem ama, atua e sente a necessidade de ver outros espetáculos teatrais. Para nós da CIATDAL – Companhia de Teatro e Dança Arte Livre – essa foi uma oportunidade imperdível de ver e conhecer outros artistas que fazem do teatro um meio de comunicação e transformação em massa.
A experiência é única. O espetáculo nos leva a uma viaje rica em detalhes e sutis movimentos. A expressão corporal e facial transmite mensagens que vão além dos textos de Nelson Rodrigues, pois a viajem torna-se interminável quando nos dispomos a vivenciar e a construir objetivos que vão além das experiências experimentadas durante o processo de capacitação e troca de saberes.
Tiro meus pés do chão diante da certeza que a arte pode ser mais simples do que o convencionalmente mencionado pela grande maioria. O espetáculo “Tirando os pés do chão” provoca-nos a ir adiante. A proposta da NAU DE ÍCAROS e da VIA GUTEMBERG faz-se mais clara a cada novo contato com as ações propostas pelo projeto “Arte Cidadã”, essa provocação pode ser capaz de levar o público, os alunos e principalmente os educadores das instituições de ensino a protagonizar uma nova era na educação e a vivenciar um novo método de educar. Um método que utiliza do universo lúdico para encantar, atrair e para tornar prazeroso o processo de aprendizagem. 
Muito foi o que aprendi durante todo o processo do projeto, não podendo deixar de citar as pessoas que tive a oportunidade de conhecer e criar um elo que em tempos atuais vai além das fronteiras da distância. 
Um abraço a todos!


     Edvan da Silva Oliveira  

sábado, 20 de agosto de 2011

Arquétipo


Escolho meus amigos não pela pele, mas pela pupila; tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero o meu avesso. 
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas que lutem mesmo é pela felicidade. Sei que não posso dizer que sou legal, pois ainda apresento muitos defeitos, mas não me prendo por isso, tenho qualidade que prezo e tento desenvolver outras. Tenho uma alta facilidade em lidar com pessoas falsas, mas não sou fácil de descobrir-las! Sou bem parecido com vidro se me derrubar eu quebro, mas se pisar eu corto! Se for pra eu ser julgado, me julgue pelo que sou e não pelo que dizem a respeito de mim, quer saber sobre mim, me descubra, me questione, Pois aprendi: Quem não confia em ninguém, não é digno da confiança de ninguém. Quando escrevi esse texto eu estava me sentindo acorrento, na verdade não sabia o que queria, agora sei, encontrei um porto seguro, mas será que nesse porto eu quero embarcar? Passamos a vida toda rodeados de pedras, se não aprendemos a nos desviar delas, acabamos tropeçando. Na vida temos tantos graus de importância! Que cada dia que aparecem um novo grau em nossa vida, o velho grau vai deixando de ter certa importância.              

Ellias Vianna

quinta-feira, 7 de julho de 2011

LEI ORDINÁRIA MUNICIPAL Nº 029/2010, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2010.

Publicado no Diário Oficial dos Municípios  de 05 de maio de 2011 edição 621  pagina nº 07 a LEI ORDINÁRIA MUNICIPAL Nº 029/2010, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2010. "Declara de Utilidade Pública a Companhia de Teatro e Dança Arte Livre - CIATDAL e dá outras providências". O Prefeito Municipal, DEOCLIDES ANTONIO SANTOS NETO MACEDO, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei, aprovou, sancionou e promulgou a lei que declara como sendo de UTILIDADE PÚBLICA a Companhia de Teatro e dança Arte Livre -CIATDAL, com sede neste Município, ficando a ela reservados todos os direitos e garantias previstos em Lei. a lei entrou   em vigor na data de sua publicação. 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Unisulma Promove V Festival de Dança

O ginásio da Unisulma foi palco do V Festival de Dança, que este ano trouxe o tema “Embalos dos anos 80”. O evento foi coordenado pela professora Nhadya Brito e realizado pelos acadêmicos do curso de Educação Física.
Primeiramente, tivemos o I Gindança (evento que unia apresentações de ginástica e dança), que serviu como base para a criação do festival. As duas primeiras edições, do projeto como é hoje, foram coordenadas pela professora Márcia Martins e só a partir da terceira a professora Nhadya Brito passou à frente das atividades.
O evento surgiu dentro da disciplina de dança na grade curricular do curso de Educação Física. Realizado duas vezes a cada ano, o projeto visa promover a dança como forma de expressão artística, dando espaço para divulgação do trabalho daqueles que já estão na área e para os que desejam entrar no mercado.
Para os acadêmicos a principal importância é a criação de um espaço de aprendizagem em dança para a realização de estudos, estágios e experiências pedagógicas, frisou a coordenadora do festival.
A terceira edição teve como tema “cinema”, a segunda edição trabalhou com “coisas do nordeste” e a última “nos embalos dos anos 80”, desta vez trabalhando em cima de clássicos da música nacional e internacional que agitaram a década. Apresentaram-se no festival: Ana Letícia, fazendo a abertura das atividades; Grupo Flor de Maravilha; Grupo Aquarelando; Cia. De dança Flávia Homobono; Grupo de Dança Integração; Escola de Danças Dançarte; Grupo de Hip Hop Parque Eldorado e convidados – PETI; Agnossstreet; Companhia de Teatro Dança e Arte Livre; Grupo ITZ Dance; Acadêmicos do 4º período de Educação Física e professores do curso.
Vale ressaltar também “o apoio das instituições e grupos que trabalham com dança, que acreditam no nosso evento e promovem a dança na região Tocantina. Sem o devido suporte, a realização desse evento não seria possível”, concluiu a professora Nhadya.
Fonte: www.unisulma.edu.br

domingo, 22 de maio de 2011

DO AVESSO

Não é ainda entre nós um culto. as vocações consiste em me calar como um resultado fraco. As perspectivas do belo, não é ainda o baixar a cabeça e deixar acontecer, no fundo de uma posição importante ou de uma suave ingnorancia, é que para nós impedir as tendências balbuciantes da arte em palco. As exceções neste caso são tão raras, tão isoladas que não constituem um protesto contra a verdade absoluta, politicamente correta. Não sendo a arte um culto, a idéia desapareceu quando reduziu-se ao simples faro, de que a arte é um simples palco.
 A espontaneidade para onde ela é levada tem um começo, os talentos, em vez de se expandirem ao longo das concepções infinitas, limitaram-se à estrada indicada pelo resultado real e representativo das suas fadigas repetições. Não é difícil assinar ela como propicial a vida de quem a ama. Entre nós, não há iniciativa? Não há iniciativa, isto é, não há mão poderosa que abra uma direção aos nossos ideais. A arte para nós foi sempre e será a vida, a luz a esperança e o amor, é isto que buscamos.
 Assim, sobre a nossa situação artística para reconhecer que estamos na estrada e nos palcos da vida. E que ainda tateamos para darmos com a porta de um grande sucesso que parece que a cada dia torna-se mais futurista. A iniciativa de querer levar isso aqui mediante altos e baixos é um simples e grandioso sonho que engloba a um unico sonho, à arte nua e crua. O AVESSO. Inicia-se com uma unica idéia: o avesso é demonstrar a iniciativa que temos como concepções a arte, e conduzir o espírito flutuante e contraído de nosso público. De uma forma harmonica entre o coro e corifeu em palco.
Enfim! Hoje não há outras pretensões, creio eu, que estabelecemos a arte dos dois lados. A arte do jeito que ela é, do avesso. A arte é pra nós, o que o Coro é para o coriféu. A sombra. 


Ellias Viana

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bobo procurando ser sábio ou...

Olho o meu reflexo no espelho e vejo um ser escorraçado pelo seu próprio orgulho. A saída é tão fácil, mas continuo errando em acertos, que poderia ser a chave do sucesso.

Vejo-me em meio a multidões. Percebo que todos são iguais. Apenas incorporam personagens diferentes: os bobos e os sábios.
Os bobos se sentem como sábios, conhecem tudo, sabem tudo e dizem até “eu sou!”
Estando lá em baixo, se sentem a um passo do pódio. O importante é manter sua garantia aqui na terra, não são, não sabem e não conhecem nada.  
Os sábios são bobos que não viu, não sabem, não conhecem, oferecem mesmo sem poder. Lutam para garantir uma vida, talvez em outra vida.  Estando no auge do sucesso, percebem que falta muito para o pódio.
Sinto-me um bobo em escrever palavras tão sábias, mesmo sabendo que eu poderia ser um sábio escrevendo palavras tão bobas.


Erisnaldo G. 

quarta-feira, 23 de março de 2011

O LOUCO E AS CORRENTES



Um dia normal como outro qualquer, acordei assustado. Gritei. Ninguém me ouviu, eu fui em direção à porta, estava trancada, entrei em desespero, tentei pular pela janela, mas era muito alto, mas uma vez fui chorar. Pensei o que iria acontecer comigo.
Depois de algum tempo, ouvi o barulho das correntes, cada vez mais próximo. A porta se abriu, dois homens apareceu cada um com uma corrente. Foram em minha direção e me amarraram, antes eu lutei com toda a minha força, mas elas eram muito fortes. Eu estava sufocado, não sentia a minha respiração, as correntes estavam apertadas, eu não sentia mais nada. Desmaiei de tão exausto que estava.
No outro dia quando acordei, estava eu em uma sala onde tudo era branco, havia correntes por todos os lados, com aquele barulho irritante: Elas falavam comigo me chamava de louco. Um louco. Os dias passando e a minha única convivência era com elas. Meus pés e as mãos, as correntes dominavam, não tinha mais forças para quebrá-las. Um dia pedi a Deus que me levasse. Disse-me que eu não estava preparado. Eu, como sempre um sábio da loucura respondi a Ele: Que malditas correntes são essas, que falam comigo, dizem que sou louco, é aço que não se fundi, a cada dia que passa, estou em êxtase, esvaecido. Deixarei elas me consumirem aos poucos... Não!




Elias Viana

terça-feira, 15 de março de 2011

Cada degrau tem sua importância



O que foi? Não posso? Tudo bem é normal.
Também não? Certo. Foge as regras.
É necessário manter o equilíbrio da cadeia. Cada degrau tem sua importância. Ir contra esse sustentáculo é ir contra os princípios da organização humana. Mas será que vale a pena viver um amontoado de normas, numa lógica rotineira?
Acordar na hora marcada no despertador, tomar café que tem o mesmo sabor de todos os outros dias - não dar tempo de perceber a química que o compõe -, dizer bom dia por norma, perguntar a alguém como vai e não esperar a resposta, trabalhar incansavelmente – não importa a função, ficar parado também cansa -, ou até mesmo sair com os amigos quando possível e no pensamento as atividades do dia seguinte; pode-se escolher ficar em casa, dormir mais cedo, pois o dia de amanhã será cansativo; e quando acordar... Repetem-se os atos.   

Leidyanne Barbosa

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Tudo que difere do sistema é loucura

Eu não sei por que as pessoas ainda não se deram conta, que "ele" é quem está dominando. A cada dia que passa suas regras nos consome lentamente. Ano a ano. Nada mudou. E sem que se perceba o seu rastro de destruição aparece dia a dia, e em vez de se preocuparem com isso: NÃO! Fazem é ajudá-lo, em troca "ele" te deixa mais confortável. Coitado de vocês se algum dia tentarem fugir. Iriam ser eternamente martirizado, como nós... e não é bom.

Certamente somos os únicos que não o seguimos (a batalha é constante). Ser o que somos! Sentir o que sentimos! agir como agimos.

Eu já ouvir falar que muitos tentaram ser igual a nós (E tem. Aqueles que são chamados de loucos), mas o culpado desta transformação não ocorrer é deles mesmos. Riem do que fazemos e/ou falamos e se aproveitam da nossa inocência. Ao pensar que um dia fiz parte desse mundo.

Feliz eu estou hoje pela a minha transformação ter sido completa, porém lamento por algo que não obtive.
Mas pode ser tanto neste horrível mundo comum como em qualquer outro, o meu ser diferente e especial eu nunca vou esquecê-lo. Vou contra algo que certamente não foi favorável a “ele”, mas ao mundo em que me encontro, e é por amor (a arte vive em mim).



Roniel Costa.
Companhia de Teatro e Dança Arte Livre.

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