terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

A SOLIDÃO DE UM A DEUS


Por: José Carlos (JC)

          Um adeus nunca é fácil, deixar ir é doloroso e desconfortável, desapegar traz grandes desatinos ao coração. Um adeus é cercado de sentimentos que muitas das (vezes) nos faz nostálgicos ao relembrar o que foi dito e como poderia ser pronunciado, o que foi vivido e como deveria ser vivenciado, vermos o quanto poderia ser diferente. Uma despedida traz a solidão que menciona Hamlet de William Shakespeare ao perceber que no final tudo é “Silencio”, pois, depois do adeus, não resta mais nada a ser mencionado.
         Todavia sou feliz em dizer que nem tudo é desgraça, logo, todo fim é um começo. Temos aqui a oportunidade de fazer acontecer o novo, de observar a experiência do capítulo que passou e aplicar tudo no que se inicia, de fazermos melhor que ontem. Contudo, o homem precisa ser superado, mais do que isso, ele necessita superar-se. A solidão de um adeus não poder deixar só sentimentos melancólicos, isso seria terrível, ela tem que harmonizar-se com outros sentimentos, entre eles a esperança. Uma esperança ativa como diz Mário Sérgio Cortella: “Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo.”
Que nosso declínio em cada nova jornada seja dotado de sabedoria e conhecimento adquiridos através das amizades e momentos vivenciados por intermédio delas! Que nossa áurea seja tão reluzente e entusiasmada como a dos santos!
          Apesar de todos os desatinos e motivos, nunca perca a oportunidade de dizer um adeus, vai doer no início, irá incomodar e machucar, mas será a marca de uma nova era em sua vida, afinal, depois de um adeus tudo é Silêncio.

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