Por: Edvan da Silva Oliveira
Olhando os recentes acontecidos e após assistir a um vídeo de William Waack,
sentir-me provocado a comentar sobre assunto. É oportuno refletir sobre as
consequências da nossa omissão diante da péssima administração pública que
submerge a nação. Como o próprio William comenta, somos complacentes com
situações que a cada momento tomam proporções maiores. É o caso das tragédias
envolvendo as barragens de rejeitos da Vale (Mariana e Brumadinho), a calamidade
no Rio de Janeiro, ônibus sendo soterrados no cartão postal do país, a tragédia
com os garotos/atletas do flamengo e muitos outros casos. O pior é que todos os
acontecimentos supracitados são recorrentes. Entra governo, sai governo, e
nenhuma providência é tomada, a não ser culpar um ao outro, esquivando-se da
responsabilidade. Entretanto, no íntimo, os interesses, a única preocupação que
impera e a flexibilização de normas e fazer vista grossa às existentes para
agradar sob a justificativa de gerar oportunidade. Oportunidade não se sabe para
quem!
O cidadão, o povo que constitui um dos três elementos do Estado (povo,
território e soberania), os verdadeiros soberanos, estão ocupados demais
tentando agradar ou defender um político favorito. Está impregnado em nós o
desejo de subserviência. Somos complacentes diante de muitas coisas, pois, o
problema parece distante, ou menos grave em nossa região. Às vezes o calo
aperta, mas, não podemos falar da situação, já que, precisamos ser complacentes
com o amigo que defende o grupo no poder. A nossa formação política não nos
permite compreender que os comentários servem para melhorar os serviços
públicos, e que em muitos casos, somente quando ocorre a manifestação popular
que o serviço passa a ser ofertado com o mínimo de qualidade necessária. Argumenta
alguns, “a melhor postura é sempre ficar calado, agonizar calado, uma vez que
as palavras causam repulsa, pois, sempre terá um lado ofendido”. A crítica ao
Estado torna-se pessoal!
Rousseau dizia que “a constituição de vários indivíduos forma um soberano que
somente terá legitimidade diante desta constituição, não podendo ter interesses
contrários aos deles, sendo impossível o desejo do corpo de prejudicar seus
membros”. Contudo, na prática, nos dias atuais e no Brasil de todas as raças e
de todos credos, o contrato que representava uma forma de unir todas as
pessoas, tornando-as mais fortes, podendo continuar livres e respondendo por
si, tornou-os soberanos dicotômico.
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